sábado, 15 de novembro de 2008

cruzamento.

Sim, de fato saberia reconhecer aquele sorriso sob o Sol.
Sorriso das três da tarde.
O Sol de quase meio-dia.
Por onde escorria-lhe suor,
Aparecia um sorriso.
Frouxo, sim.
Amarelo, talvez.
Mas tão real quanto a minha impaciência.
Não era medíocre tão quanto o vidro que nos separava.
Era só um sorriso por detrás de uma flanela.
de sonhos.
de medos.
da falta de perspectiva que tem nos acometido.
Ele sabia o que queria.
Eu, nem tanto.
Então ele deitou flanela, água e mãos sujas sobre o párabrisa do carro.
Nenhuma moeda.
" Fica para a próxima doutora"
Há sempre uma escolha, ainda que tudo diga que há determinismo demais no mundo.
Há sempre um meio.
Talvez uma nova velha chance de poder ser.
E sê-de tanto, que lhe ofereci meu mais sincero riso.
Ganhei meu dia.

Um comentário:

Aline Chaves disse...

a maioria deles bem mais gentis q os doutores q conhecemos...

beijo!

te adiconei no 23do3^^