terça-feira, 11 de outubro de 2011

ócio.

O ócio é o combustível das artes.
As burocracias diárias ligam você no modo automático.
Então você inevitavelmente incorpora atributos tão seus e tão de qualquer um.
Toma café às 8:00, almoça às 13:00, janta às 19:00 e sequer sabe o que pôs no prato.
Tem gente que vive liberta desses pormenores
Acorda porque o sono acabou
Come quando tem fome
Saboreia e se lambuza com uma melancia no meio da manhã sem se preocupar em sujar a gola da camisa bem passada.
Quantas vezes no dia você abdica das suas vontades para estar em paz com o outro?
Quantas vezes você reconhece que é mimado o suficiente e chato o bastante para querer tudo ao seu tempo?
É meu caro... é duro viver todo dia.
Duro e maravilhosamente bom.
Tem dias em que o seu maior desejo é que chegue amanhã.
Provavelmente amanhã vai ser como hoje
E olha só a magnitude da vida
Acreditar que todo dia vai ser diferente - e é!
Então porque alimentar aquela velha mania de criticar o que é diferente?
É a fraqueza de se ter a certeza de que o que é diferente é extremamente prazeroso.
Bom mesmo é viver com gente diferente - ou como gente diferente.
Escutar boas novas e notícias ruins
Mania chata a nossa de querer que os outros sejam o que nós achamos que somos.....
Não somos.
Estamos, seremos, poderemos e certamente morreremos - sem entender quase nada do que poderíamos ter sido.