quinta-feira, 10 de julho de 2008

velhas lágrimas.

Hoje descobri:
É das lágrimas que fujo.
E elas impreterivelmente me perseguem,
E eu fujo - ou tento.
Me escondo.
E distribuo o maior riso do mundo.
(E meu riso é sim alegre)
Na verdade temo as lágrimas.
Aquele sentimento vazio que elas trazem.
E o medo de tanto e tão pouco.
Como quando ainda tinha medo do escuro.
(O que não deixa de ser um escuro)
Mas o escuro em que me deixei estar.
A esta hora exatamente nada de lágrimas.
Mas a poucos instantes elas estavam aqui silenciosas.
Me trazendo um bocejo insistente.
Uma saudade constante.
Um medo eminente.
Um soluço de esperança.
Dos dez passos que dei a frente.
Recuei onze.
E estou no negativo.
Mas hoje me recompus.
E dei mais um passo a frente.
O percurso 1862-2347 há tempos não é o mesmo.
E aquela velha conversa, a velha explicação e o velho sorriso
Perderam a mágica.
Perderam a razão de ser.
E hoje novamente interrompi este percurso.
Interrompi aquela história.
E a distância de tão próxima ficou longe novamente.
E as incertezas novamente batem em minha porta.
E o meu silêncio é sim o melhor remédio.
Ele novamente me compreendeu.
E me pergunto quando isto não irá mais acontecer.
Não posso fazê-lo refém das velhas incertezas.
É novamente um novo tempo.
Um tempo de recomeço.

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