quarta-feira, 2 de julho de 2008

"Não tem o que eu não fiz..."

A nossa conversa depois das 22 me trouxe a sensação de que as palavras se dispersam pela madrugada e ainda que marcasse quase 2 no relógio nada tinha sido dito de tão novo, ou velho o suficiente para não dizer.
As minhas explicações nunca fazem sentido.
Não são concretas.
Não são desculpas.
Não são arrependimentos.
E não há quem entenda de fato - se eu mesma não consigo explicar.
Não é uma lista de exigências vazias.
Sequer pode-se chamar de exigências.
São constatações.
E ele sabe que me conhece.
Me compreende irritantemente mais do que eu.
Mas isto não é motivo.
Não o motivo devido e esperado.
Então deixa que tudo se arranja.
Ou se bagunça novamente.
A minha única pressa.
É poder rir do agora.
Peguei as chaves do meu novo velho carro e fiz o percurso 1862 - 2347.
Sonhei a noite inteira.
Acordei com dor de cabeça.
Ri da minha agenda cor-de-rosa do Snoop.








Déspota predileto.
As coisas são ao mesmo tempo
Que não poderiam ser.
Ninguém explica tão bem o que não é óbvio.
E ninguém entenderia o que nos move.
Nem nós mesmo entendemos.
Então podemos ser estupidamente felizes
Em saber de tudo que já vivemos.
E isto é um segredo.
Sincero.



Um comentário:

Unknown disse...

Cara Caroline,

Para brincar poderia invocar Cora Coralina, mas não é esse meu objetivo. Vi o endereço do seu blog no portalaz (parabéns pelo passaporte!) e resolvi curiar. Que boa surpresa eu tive. É certo que é intimista demais e eu vou ter que ler tudo de novo... e aos poucos, para aproveitar melhor os conteúdos, os sentimentos, a vitalidade. Nunca canse de escrever! Se não quer compartilhar, guarde nos cadernos e estes num baú... o tempo se encarregará do resto.

JB