quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A sabedoria dela.

Debruçada sobre uma pilha de roupas na madrugada.
A água furtada.
Nenhuma lágrima lhe cobria os olhos.
[Ela não sabe que alguém lhe olha assim.]
Então estava tudo quase tão bem quanto algum tempo atrás.
Porque tudo isto é quase novo, mas previsível.
Como a sua oração todas as manhãs e aquela velha tentativa de catequizar qualquer destas pobres almas que a ouvem baixinho.
Sussurrando versos e orações.
E ela sabe com fazer isto.
Sabe de tudo isto.
Mas prefere o conforto de suas palavras e de suas certezas.
Nada além da sua velha esperança, sua filosofia acadêmica...
E seus ouvidos surdos.

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