domingo, 24 de agosto de 2008

O riso do ontem.

Acordei e ri da minha indignação. Talvez até se tivesse testículos poderia dizer que eles vieram parar na garganta. Sim, me estressei. E neste momento estou dando gargalhadas por isso, afinal TPM é uma dádiva. Não há do que se lamentar.
Repensei no assunto e olha só: terrível mania esta das mulheres em indignar-se umas com as outras. É fato: é notória a nossa capacidade de não compreender a nós mesmas. E fazemos coro para legitimar os comportamentos masculinos até então considerados normais, ou apenas mais um reflexo de sua existência. Sim, é mais cômodo culpar umas as outras. Crer que pobre são os homens.... caem sempre na conversa das diabólicas mulheres que os usam e depois o descartam. (Não seria o contrário?). Então criamos vínculos e propostas. Formulamos respostas para aquilo que muitas vezes é óbvio, mas que não nos convém.
Esta teoria me é antiga, mas recorrente. Já usei dela. E tem me sido bastante útil esta idéia de que inconscientemente poderíamos criar uma maior sensibilidade para com as nossas queridas coleguinhas do nosso gênero. Ora....assim os homens construíram o seu corporativismo. Por que não nós também?
É claro que, sendo nós mulheres - salvo algumas exceções - seres emocionalmente dependentes buscamos qualquer meio para inventar soluções e respostas para o comportamento masculino, como uma simples forma de dizer a nós mesmas que os homens não são todos iguais (e não são, e não há que se constatar cientificamente isto). É a nossa história do princípe encantado. É a nossa construção mental. Então é sempre mais cômodo crer que alguém é diretamente responsável por aquilo que não possui responsável. A vida muitas vezes se encarrega de mudar os rumos, e as pessoas, ainda que manifestem sua vontade, representam um ponto de luz na imensidão de possibilidades do que se pode ser.
Sim...eu bati a minha cabeça na parede e olha só: além da dor de cabeça, isto me rendeu uma boa gargalhada à minha indignação, porque não posso cobrar o entendimento, a aceitação e o respeito daqueles que sequer respeitam os seus problemas. E eu nunca fui vítima, nem refém dos meus atos e fatos. A minha brincadeira predileta é o "E se fosse você". Um forma sádica de proporcionar ao ser humano um segundo no lugar do outro. E eu já estive em tantos lugares; e compreendo tantas pessoas que não me custa nadinha tentar entender o tamanho destas atitudes. A vida sempre mostra os dois lados de tudo quanto pode existir. Só espero que meus olhos estejam aptos para enxergar este momento.
E fim de conversa.

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