sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Flores.

Previsto
Tal qual a sombra que lhe feriu a alma
Andaria, pois, em volta de sonhos?
Como nada talvez fosse
Aquilo tudo que um dia poderia ter sido
Caminha ao longo
Intrépido
Ferido
Amargando a sorte que não tem
Dando à morte seu desdém
Nesta velha cartilha amarrotada...
Aonde se perderam as flores?


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Despretenciosamente chega o dia, ou um só segundo em que você olha para trás.
E olhando para trás você também olha para dentro
Com o medo de quem, agora, pode ver o que talvez não visse
Ou por não enxergar, ou por não querer
Não são as fórmulas a que devemos buscar
E elas nem sempre serão fórmulas em si mesmas.
Você pode até não acreditar
Mas o tempo sempre será o melhor remédio
Ou o pior veneno
De quem não sabe dosar.
Vá lá... que isso não era o mais importante.
Beber, ou não beber deste copo era um detalhe.
Um pequeno detalhe que faria toda a diferença.
Não há espaço nisto
Além de borrados, papéis, bordados e anéis.
Vai ficando no fundo da xícara
As borras, os risos, as sombras, os cisos
E ninguém vai beber disso...
O passado então virou lembranças
Estático, concreto, imune...
No faz de conta que já não cabe mais.
Nada mais do que apenas lembranças.
E isto basta nestes tempos.

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