domingo, 29 de março de 2009

Deste.

Mais do que meio riso tolo.
Incomodantemente
Beijo a testa, o peito a mente.
Atestadamente
Laranja cor do tempo
Em verdes, vermelhos e negros
Assombra o peito que lhe consome
As letras das músicas nunca cantadas
A sombra de metros pintados.
-Lábios curtos
Folhas perdidas em caixas empoeiradas.
Não são palavras que lhe faltam
É só o medo de não ser visto.




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A ausência de si mesmo
Em quartos, lâmpadas e despachos
A ausência que lhe põe medo
Em frestas, lascas e portões desencontrados.
A falta do que não se vê, não se sente e não se crê.
A inconsequente maneira
Inoportuna de ser
De que vale o tempo que te dão
Se só lhe resta o amanhã
Tão logo o dia se põe e você cai de costas ao chão
Não me fale, por favor
Que não digo o dito
Se somos unicamente tolos
Me dê ao tempo um sorriso.

Um comentário:

Naiara disse...

"A falta do que não se vê, não se sente e não se crê". Muito bom!