quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sangue.

Falando de si.
Rosa nas mãos.
A veia que lhe salta o pescoço.
Então, exatamente ao som de carros.
Cabeças recostadas sobre poltronas de fibra.
[A mesma de todos os dias]
Por detrás de vidros embaçados.
Um cinza abafado lhe escorre o pensamento.
Não são as cores que lhe sufocam.
Nem o bilhete que não fora deixado sobre a cama.
É a angustiante espera que lhe rouba o sono.
-Derrama seu sangue.

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