terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Balancete.

Finito.

E 2009 está aí batendo à sua porta.










"Pode ser!"
Assim foi 2008.
Quer coisa mais chata do que um talvez?
Não é "sim" nem é "não".
Então não é absolutamente algo palpável.
E para quem odeia isto.
Enfim, foi um prato cheio.


O que eu poderia dizer de 2008?
Aconteceu exatamente tudo que eu não poderia imaginar.
E não foi ruim não saber o que fazer em maior parte do tempo.
Me trouxe a luz de que não saber o que fazer é saber o que não fazer.
-ou nada disto.
Tanto faz.
Definitivamente foi um ano difícil.
Não leia-se ruim, foi apenas difícil.
E nem me recordo de em 21 anos ter recebido tantas visitas das lágrimas.
Lágrimas de raiva, tristeza, alegria, amor.....
E fiquei mais boba do que de costume com tanta água em minhas fronhas.


Foi também um ano de muito riso.
Ri à toa.
Ri de verdade a todos aqueles que me arrancaram um riso frouxo.
Ri até do que lembrava.
Do que sentia.
Do que esperava e do que temia.
Simplesmente ri.
Como se isto pudesse arrancar o turbilhão de mudanças que se instalou dentro de mim.


Sim, eu mudei.
Mudei de cara, de roupa, de palavras e ao avesso fui mudando tudo o quanto estava aqui.
Deixei para trás amores.
Amores amigos, amores amantes, amores distantes.
E não perdi nenhum deles de vista.
-Estão todos em meu coração.


Conheci uma pessoa que há tempos morava dentro de mim.
Uma descompassada pessoa que me acompanha.
Ela é mais normal do que meu entendimento.
E menos inconstante do que imaginam


Neste ano quebrei cristais.
E sei que colei-os da melhor maneira possível.
Mas por tê-los quebrado nunca mais serão os mesmos.
E agradeço a Heráclito por já não sermos os mesmos.
"Ninguém banha no mesmo rio duas vezes"
"Tudo Flui"
" Meu tempo é quando"
Foram frases que mesmo não tatuando em minha pele, marcaram a fogo meu coração.


A vida acadêmica foi terrível.
Extremamente cansada do descaso alheio
- e do meu.
Colocar culpa nos outros sempre foi mais fácil, mas não exclui a sua.
Então reconheço meu desânimo.


O ano passou apressado por meus olhos.
E a pressa que me acompanhou grande parte ainda persiste em algumas esquinas.
Não sei se a pressa de que o tempo passe ou a pressa de que tudo seja.
Foram oito quilos perdidos,
A gastrite não voltou.
E isto é sim um bom motivo para comemorar.
Como alguém especial que não entrou na minha vida.
Já estava, e sem pedir licença, ocupou um grande espaço no meu coração.
Então pude ver novamente o mundo com outros olhos.
Mudei meus sonhos de lugar.
Espalhei esperança por todos eles.


Refiz laços antigos.
Transformei os que já existiam.
E dormi abraçada quando estava carente.
Tive pouca paciência com as balanças alheias.
Mas sempre busquei um freio para a minha.
Então pude compreender melhor quem sofria,
Quem se mal dizia
E fui julgada por todos aqueles que nada entendiam.
-Aqueles que sempre me amaram, ofereceram um belo carinho.


Arranjei um estágio.
E poder dizer que ninguém fez isto por mim me alegra o juízo.
Não era exatamente o esperado.
-Nunca é.
Então tenho aprendido a ser gente.
Tenho visto de perto e com outros olhos um lado da sociedade abortado por ela mesma.
E vejo a pobreza que cerca o espírito de muitas pessoas.


Conheci a Amy,
Ganhei uma promoção.
Sonhei com o que não era possível.
Abracei pessoas distantes com as palavras.
Tive um morto.
Viciei em blog.
Pintei as unhas de vermelho.
Cabulei concursos.
Vi o São Paulo ser Hexa.
Comi menos.
Bebi um pouco mais.
- O Jose Cuervo que o diga.
Fiz ótimas viagens com ótimas pessoas.
Fiz novos amigos.
Fiz mais bagunça em meu quarto de cama - ainda! - quebrada.
Escrevi palavras de tristeza e chorei ao lê-las.
Ri de outras palavras bobas.


Amei, fui amada.
Errei, e erraram todos os outros também.
Mudei, e como isto mudou em mim.
Quebrei meus paradigmas.
E dei alguns tiros no escuro - mesmo sem saber atirar.


Encerro este ano na certeza de que fui eu mesma em cada gesto, palavra e cor.
Que fui tola quando não devia.
Que fui errante quando menos queria.
Mas que fui incontestavelmente correta com todos que me amam.
Encerro o ano de coração aberto.
[-E extremamente apaixonado.]
Fica para o próximo ano os novos planos e sonhos.
Que eu ainda tenho que viver estes dias que me restam
Neste ano mais do que louco.



Indiscutivelmente 2008 foi um salto "para o infinito e além"

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