domingo, 26 de dezembro de 2010

Mudança.

Nem sempre - na maioria da vezes - as coisas são como deveriam
Ou pelo menos como achamos que elas deveriam ser
-Apenas são
Como uma maneira absurda de dizer:
Não está em suas mãos
-E não está
O que não significa dizer que não estarão
Na medida do possível,
Fazemos planos e acreditamos que eles são perfeitamente executáveis
Plausíveis
Irrefutáveis
Prisioneiros das nossas vontades
Somos apenas o que desejamos
Nada mais
Agora, lá fora, passa o frio da distância
Silenciosamente astuto
Aguardando exatamente a hora de se apossar daquilo que lhe pertence
É o medo da saudade que incomoda
É a distância do que sempre esteve junto que assombra
Não é de amor apenas
É do que faz existir, ser, sentir
Uma parte que vai
O mundo que fica
- calma, meu bem, é só um tempo.
O tempo de quem espera não é menor do que a saudade de quem sente
O calor de Setembro
O congestionamento do meio-dia
O café posto na mesa
Os latidos da chegada
A certeza de que tudo tem seu devido lugar
Assim são as mudanças......
Começar de novo o que já foi feito....
Ter exatamente todos os mesmos sonhos
E acreditar que todos eles são possíveis.

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