quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A (ainda!) jovem angústia.

Já pensei como alguns que, por serem demasiado desprendidos não se importam com o quê as outras pessoas pensam. Talvez eu, de fato, nunca tenha pensado nisto, mas por um curto período acreditei que pudesse pensar. Por que como em todas as mulheres, há sim em mim todas as inseguranças do mundo....mas não de qualquer jeito; do meu jeito. E lembrei que um dia uma pessoa especial me disse que não importa o quão boa ou o quão má você pode ser há sempre perspectivas diferentes sobre um mesmo objeto. E vi Nietzsche dizer isso. E admirei a sabedoria popular.
Durante muito tempo talvez, e sem perceber, eu vi algumas atitudes tão de outros e tão minhas incomodarem o que crescia aqui dentro. O que estava aqui ainda está e ainda não cresceu o suficiente. Mas já posso ver que nada absolutamente nada vem do opaco. E as pessoas não são opacas. Daí então me permito crer que a juventude muitas vezes não nos permite compreender o brilho de cada ação. O brilho de uma grosseria, o brilho de um comentário maldoso, o brilho de um olhar invejoso... Por que não conheço até hoje em minha vida uma pessoa completamente má. Há sempre um motivo para um comportamento que consideramos reprovativo, e como já tinha dito antes, isto é só uma perspectiva. Sempre há um outro olhar. E quem dirá que o nosso é o mais correto?? Como julgar os motivos e as ações das quais não participamos integralmente? Não somos capazes de julgar nem a nós mesmos com eqüidade. E não estou aqui dizendo que por acreditar em tudo isto estou livre de qualquer destes males...apenas estou tentando me manter distante desta paranóia do nosso tempo. Existem pessoas por aí que nunca viram a paisagem da minha janela, a cor da minha persiana ( ela é cor de rosa!) e se sentem à vontade para crer que sabem de todos os meus passos e de tudo que se passa dentro da minha cabeça fértil. Sou mais do que alguns de meus atos e até do que as minhas palavras. O que está por fora é só e somente só algo insignificante e incapaz de demosntrar o quão um ser humano pode se superar. Eu já derramei lágrimas como todo mundo....mas guardei-as para regar o meu jardim.

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