sábado, 28 de agosto de 2010

Sampa.

Ao lado
Tal qual nunca deixara de estar
Ainda quando não concordava exatamente com tudo o que a minha santa ignorância fazia
Nem tão santa assim
Apenas,
Ignorância
Voltando uns dez anos atrás....
Ela só era a moça nova na sala.
Linda.
Firme.
Inconsteste.
Guardava nos olhos o mesmo brilho de hoje
E fomos pegas desprevenidamente por algumas circunstâncias.
-Ela confiou em mim
Desarrumamos caixas na mudança
E apenas dois quarteirões nos separavam
Melhor dizendo, nos uniam.
Ela tirou a minha sobrancelha
Me disse para usar cinto (eu odiava cinto!)
Enfiou uma plataforma no meu pé
Me emprestou uma calça cor de rosa ( inesquecível!)
Passou pó, blush, sombra, rímel
Sim... agora eu era uma menina.
E um pedaço dela agora já morava em mim.
O vírus da amizade se instalou.
Foi um encontro.
De almas que se uniram para sempre
Neste meio tempo....
Choramos juntas
Viajamos juntas
Brigamos juntas
Terminamos namoros juntas
Rimos juntas
Sonhamos juntas
Enfrentamos problemas juntas
Fizemos da nossa vida uma nota só.
Porque estar juntas de coração sempre foi nosso maior triunfo
Não precisamos de muitas palavras
Falamos com os olhos, com o coração.
Passamos mais de um mês sem nos ver.
E sabemos exatamente como anda o coração de cada uma
Sem pronunciar nenhuma palavra.
Tive seu apoio.
Dei meu apoio
Exatamente quando muitos diziam o contrário
Defendíamos a nós mesmas.
E hoje, a vida que nos espera é sublime
E nossos caminhos permanecem unidos por nossas almas...
Ver você partir
É saber que você vai voltar com a mochila cheia de novos sonhos
E eu vou estar aqui sempre....
Pra compartilhar tudo o que nós amamos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Um mês, talvez.

Ela está para chegar
Céu azul,
Tons pastéis
Calor de setembro.
Mãos desajeitadas
Qual a cor de seus olhos?
O sabor do seu sorriso?
Ansiosa espera
Neste mundo que por muitos nem é mais
Conseguiremos nós lhe poupar alguma dor?
Certamente não.
Mas neste meio tempo
-Construímos, em nós, um castelo de amor.
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sábado, 14 de agosto de 2010

11 de agosto.

Muita coisa tem mudado
Nestas horas impropriamente adequadas
Lembro das carteiras verdes
Borrachas escritas
E a lembrança de algo que ainda sequer existia

Sim, eram apenas os sonhos
ou nem mesmo isso
Era só o desespero de quem acaba de descobrir
Que as coisas não acabariam ali
Você pode ter certeza dos seus caminhos
Ou inadequadamente trilhar outros rumos
Contrários, dispostos, paralelos
É o tempo, meu caro.
Caro tempo, meu.
Tempo caro
Quanta ansiedade consumível
Quanta generosidade neste caminho...
Encontrei
Pessoas, palavras, gestos.
Olhares, mentiras e restos
E tudo o quanto hoje faz parte de mim
Ah, as conquistas
Sim.
Elas.
Tão de tantos
Quanto minhas seriam
Não é excesso de gratidão afirmar
Que eu nada seria sem aqueles que me amam.
Persisto
E nisto está meu mérito.
Acredito.
E ao fazer isto me entrego.
Então nada disso seria plausível
se este caminho fosse deserto.
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Feliz, completamente feliz.
Meus caminhos estão sendo iluminados
E a minha dívida com os céus cada dia maior.