sábado, 30 de agosto de 2008

Bonitinho.

"...E não é fácil viver assim,
se eu quiser chorar não ter que fingir,
sei que posso errar,
que é humano se ferir.
Parece absurdo mais tente aceitar,
que os heróis também podem sangrar,
posso estar confuso mas vou me lembrar que os
heróis também podem sonhar.
E não é fácil viver assim.
Seja como for agora eu sei que o meu papel,
não é ser herói no céu, é na terra, que eu vou viver.
Eu não sei voar,
isso é ilusão,
ninguém pode andar, com os pés fora do chão.
Sou só mais alguém querendo encontrar
a minha própria estrada pra trilhar,
apenas alguém querendo encontrar
a minha própria forma de amar, de amar, amar
Sou só mais alguém querendo encontrar
a minha própria estrada pra trilhar,
apenas alguém querendo encontrar,
não é fácil,
e não é fácil viver
viver,
assim."



Não é fácil (Super-Herói)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Faz.

Para quê esta complicação?
Insistente
Recorrente.
Quando tudo ainda é.
Não, não é assim.
Não é tanto faz.
É só aquela forma tola de ser racional.
Quando menos se precisa.
Quando menos se deve.
Agora aqui neste espaço.
Com aquela saudade aceitável.
Tão quanto a sua.
E entendo tão bem quanto não deveria.
Com um medo terrível de admitir.
O que já sabemos.
E é só isso que importa.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

No espelho.

É a Carol; a caçula.
Quase foi Candice, mas um “quem disse” do papai lhe mudou o nome.
E ela chegou depois de quatro anos e um aborto espontâneo.
E egoisticamente ela comemora este fato, pois sem ele talvez não estivesse aqui. Então ela tem dois a frente e tem o direito de fazer algumas manhas. É dengosa, carente, sentimental e incrivelmente adorava ir à escola. Pintava terrivelmente até o “Babi” ensiná-la a fazer alguns contornos e cobrir direitinho as gravuras.
Adorava beijar o bigode do papai.
Plagiava os desenhos da Denise e esperava ansiosamente a mamãe chegar para futricar em suas sacolas. E esta ansiedade lhe acompanha até hoje, como quando depois de 8 dias de enxaqueca lhe receitaram alguns tarjas pretas – que ela não tomou, é claro.
Já quis ser pediatra, veterinária, a Angélica, atriz, jornalista, fotógrafa, historiadora, socióloga, filósofa ou antropóloga... e então faz Direito.
Seu senso de justiça a compeliu a isto;

Agora quer ser defensora pública.
E amanhã nem se sabe mais no que estava realmente pensando.

Tem fascínio pelo mar, pela natureza (nunca deixa água derramando!) e pelos animais.
Acredita em Deus e que é iluminada como todos os outros seres – eles é que muitas vezes não se dão conta disto.
É cabeça de vento.
Inconstante.
Imatura.
Mas busca sempre acertar, e isto lhe causa certa frustração – não pode fazer isto sempre.
É ainda um pouco egoísta.
Busca muitas vezes a aprovação dos outros e tem aprendido a lidar com isto ultimamente. Não tem tentado agradar, nem ser tão quanto os outros esperam.
Ela só quer ser ela mesma.
Conhece alguns caminhos e os que desconhece faz questão de imaginar ou criar.
Amou e foi amada infinitamente – e por tudo isto já valeu à pena.
Chora sentada no banheiro e minutos depois ri na cozinha.
As lágrimas costumam se dissipar no seu riso.

Hoje é Caroline.
Tem preguiça de estudar, fala demais, ri demais, sonha demais e rouba de cada pessoa uma virtude – uma ladra de bons fluidos.
Pode ser chamada de efusiva, mas a sua intensidade está no meio termo.
Tem medo do que é intenso demais, rápido.
Tem medo de magoar e ser magoada.
Compra a tristeza com sua alegria.
E vende um sorriso sincero de graça.
E quem é mesmo a Caroline, de tantas outras Carolines, em meio a tantas outras Caróis, senão aquela ali no espelho? Naquela estranha sensação de que não se é exatamente aquilo que se reflete?
Ainda apenas uma construção.

Apaga a luz....

Dei descarga.
Descarrego
O que carrego.
E carregando este descarrego.
Tenho descarregado mais do que carrego.
Então estaria de mãos vazias?
[E eu nem bati a minha cabeça hoje]


"E quando eu perguntei ouvi você dizer que eu era tudo o que você sempre quis...."


Talvez sem entender as palavras.
Siga-se adiante.
Defronte.
A próxima esquina seria a solidão.
E quem garante que não?
As cores dão lugar.
E nem se sabe mais do dia ou da noite.
Tão diferente quanto ausente.
E tão quanto tempo é só tempo.
Olha, prudência:
Irmã da paciência.
Inimiga da
indecência.
De quanta
maledicência se faz uma consciência?



"
Dizendo aonde você for eu vou........"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Acredita?

Se não disser talvez exploda.
E será se ele é mesmo meu?
Todinho meu?
Somente meu?
E eu o consegui por meus méritos?
Ou foi uma forma de compensar os outros erros nunca assumidos?
É sim.... eu serei São Tomé desta história - só acredito vendo.
E no lapso que lhe arrebatou: ganhei meu dez.
E o que seria um dez, senão um dez?
Seria um dez para quem só anda de nove e meio.
Não predominantemente nove e meio, é claro, mas dez não é o meu forte.
E o que há de tão importante nisto?
Foi ele quem me deu: "T.B. o terrorista do século."
Então tudo bem... neste rompante infantil vou emoldurar esta prova e mostrá-la aos meus netinhos! (olha o drama...)
E isto é só uma pontinha ínfima do meu iceberg de felicidade.
Por que quase nada me tira o riso.
[Quase nada.]

domingo, 24 de agosto de 2008

O riso do ontem.

Acordei e ri da minha indignação. Talvez até se tivesse testículos poderia dizer que eles vieram parar na garganta. Sim, me estressei. E neste momento estou dando gargalhadas por isso, afinal TPM é uma dádiva. Não há do que se lamentar.
Repensei no assunto e olha só: terrível mania esta das mulheres em indignar-se umas com as outras. É fato: é notória a nossa capacidade de não compreender a nós mesmas. E fazemos coro para legitimar os comportamentos masculinos até então considerados normais, ou apenas mais um reflexo de sua existência. Sim, é mais cômodo culpar umas as outras. Crer que pobre são os homens.... caem sempre na conversa das diabólicas mulheres que os usam e depois o descartam. (Não seria o contrário?). Então criamos vínculos e propostas. Formulamos respostas para aquilo que muitas vezes é óbvio, mas que não nos convém.
Esta teoria me é antiga, mas recorrente. Já usei dela. E tem me sido bastante útil esta idéia de que inconscientemente poderíamos criar uma maior sensibilidade para com as nossas queridas coleguinhas do nosso gênero. Ora....assim os homens construíram o seu corporativismo. Por que não nós também?
É claro que, sendo nós mulheres - salvo algumas exceções - seres emocionalmente dependentes buscamos qualquer meio para inventar soluções e respostas para o comportamento masculino, como uma simples forma de dizer a nós mesmas que os homens não são todos iguais (e não são, e não há que se constatar cientificamente isto). É a nossa história do princípe encantado. É a nossa construção mental. Então é sempre mais cômodo crer que alguém é diretamente responsável por aquilo que não possui responsável. A vida muitas vezes se encarrega de mudar os rumos, e as pessoas, ainda que manifestem sua vontade, representam um ponto de luz na imensidão de possibilidades do que se pode ser.
Sim...eu bati a minha cabeça na parede e olha só: além da dor de cabeça, isto me rendeu uma boa gargalhada à minha indignação, porque não posso cobrar o entendimento, a aceitação e o respeito daqueles que sequer respeitam os seus problemas. E eu nunca fui vítima, nem refém dos meus atos e fatos. A minha brincadeira predileta é o "E se fosse você". Um forma sádica de proporcionar ao ser humano um segundo no lugar do outro. E eu já estive em tantos lugares; e compreendo tantas pessoas que não me custa nadinha tentar entender o tamanho destas atitudes. A vida sempre mostra os dois lados de tudo quanto pode existir. Só espero que meus olhos estejam aptos para enxergar este momento.
E fim de conversa.

sábado, 23 de agosto de 2008

Diminutivo.

Indignada.
E eu entendo como ela faz.
Do jeito que ela faz.
Enxergo um passo além da sua descoberta.
E talvez quando ela acredite estar a frente um segundo.
Eu estarei realmente ali atrás.
Observando.
E rindo às vezes.
Porque compreendemos o que nos convém.
E ela erra tanto quanto qualquer pessoa poderia errar.
Mas se exime da sua tão nobre culpa.
Do tamanho da de todos.
Da minha.
E não a culpo por tamanha ignorância.
Por tamanha falta de inteligência.
Por tamanha falta de amor.
Porque isto sim é falta de amor.
Nunca amou.
Nunca foi amada.
Solitária.
E compreendo o seu comportamento inútil.
Sim,
Estou indignada com a sua presunção.
Em achar que meu sorriso depende de alguém.
Ele não depende.
(Estragou meu jantar).
Não é uma competição.
E não há quem se perde ou quem se ganha.
Há só que se tentar ser a cada dia um pouquinho melhor.
E isto não se faz com diminutivos.
Então solidariamente:
Rezo por ela.




sexta-feira, 15 de agosto de 2008

De lado.

Ela ficava ali... a dois passos do paraíso.
Após uma longa conversa curta na calçada.
Olha o pôr do Sol.
E ele nascerá ainda assim amanhã cedo.
Tão cedo que talvez ela não o veja.

E ainda que não o veja... que diferença faria?
Ele estará lá.
Sempre.
É como o Sol de cada manhã a sua espera.
Ela acha que está pronta.
E sabe que não está;
Mas seu sorriso é o seu preço.
E sua alma é o seu caminho.
São só alguns segundos.
E o cor de rosa toma conta da imensidão azul.
Então ela espera.....
Como se sua espera pudesse fazer tudo aquilo ser como queria.
E talvez não seja agora o momento certo.
Pra ser mais do que já se é.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vertigem.

Tanto já se foi feito.
E algumas pessoas ainda se assustam.
Como se tudo isto fosse parte de tudo aquilo.
Nem é.
Ou talvez seja.
E se for... de que importaria?
São alguns tragos a mais.
Alguns goles a mais.
Alguns risos a mais.
Algumas histórias a mais.
E nisto lá se vão tantas outras coisas.
Talvez até dispostas de maneira tão distante e tão presente.
E alguns pensamentos recorrentes trazem à tona tudo quanto existe.
É no mínimo curioso este núcleo que faz parte daquele emaranhado de vidas.
Dispostas pelo mundo a fora.
À espera de um segundo.
À espreita de um confuso que mude tudo.
E sim... mudaram tantas coisas.
E há tanto por vir.
Por esperar.
Por acreditar.
Que já nem sei no que estava pensando.
No exato momento do quando.
Ou após a dúvida que tive.

Um passo, um lapso.

Estava na lista.
Como apenas um começo.
39 tragos.
E um pequeno passo além.
O caminho é tão longo.
Quanto a pressa de chegar lá.
E se o lá não existir....
Até onde se pode chegar?





Tá, meu bem:
É estranho.
Olha, meu bem:
Ainda que seja estranho -
Isto não é ruim.
Como nunca foi.
Só é ao nosso jeito estranho.
(Nunca talvez estranho a nós.)
E o tempo tem nos pregado peças:
Tem sido tão curto....
Inversamente quanto a nossa longa-curta espera.
E o que se constrói é guardado.
Num espaço reservado.
É meu bem
Ainda que seja estranho.
É aquele nosso velho jeito de fazer tudo.
(Com a maior alegria do mundo)
E disso não há que se discordar.
Como a graça que nos dá
Quando querem nos dar um nome.

domingo, 10 de agosto de 2008

Papito!

As palavras soam alto.
E sua presença é mais do que o simples estar.
Cada parte deste todo tem sua marca.
Tem sua voz.
Tem sua vida.
É aquele velho menino.
Teimoso.
Zangado.
Altruísta.
De sorriso ás vezes triste.
De olhos cor de esmeralda.
De rugas acentuadas.
É o meu orgulho.
O meu super-herói de verdade.
Meu mundo de sonhos.
Ainda que por algumas vezes não nos façamos entender.
E o que seria do amor se não se pudesse derramar lágrimas?
Nós somos reais.
E eu o amo incondicionalmente.
E o tenho como um espelho do futuro.
Ele me ensinou a lutar.
A acreditar que tudo é possível.
Basta tentar.
Basta sonhar alto.
Basta acordar todos os dias e acreditar que hoje é o dia.
E isso ele ensinou sem dizer uma palavra.
"Porque contra fatos, não há argumentos"
E ele não vive das palavras.
Ele é simplesmente o homem da minha vida.
A quem devo todo o meu imenso amor.





[Historinha]

Sempre que me recordo de algum fato da infância creio que este tem sido o mais recorrente e, de certa forma, aquele que me marcou profundamente - como alguns gestos de tantas pessoas.
Eu tinha 7 anos e era mais descabelada do que hoje - um tanto quanto serelepe. Minha roupa predileta era uma camiseta lilás da LILICA RIPILICA, uma legging preta e um tênis branco com cadarço cor-de-rosa, também da LILICA. Era esta a roupa que eu queria usar naquele dia, afinal, quando se gosta realmente de algo você quer estar impecável para aquilo. E com uma semana de antecedência eu trouxe o convite da escola e entreguei ao papai. Seria uma comemoração dos dias dos pais na sexta-feira que antecede à data.
Papai trabalhava todos os dias de 7 da manhã à 7 da noite e eu o via duas vezes ao dia. E isto nunca realmente foi um problema - eu sempre compreendi o motivo de sua ausência. Então ele me disse que iria e eu fiquei bastante satisfeita. O que ele diz, ele nunca deixa de fazer.
Ensaiei uma coreografia que a "tia" ensinou para a turma. Todos os pais estariam lá e eu queria estar deslumbrante para o meu. Na sexta, quando papai me deixou na escola, confirmou o horário dizendo que estaria lá na hora marcada. Eu simplesmente o adorava e ganhei meu dia com isto. Depois da aula fomos todos ao pátio e os pais já estavam lá- menos o meu. Pensei: " Ele disse que vinha, então ele vem!". Todo mundo então se preparou pra fazer a coreografia, que para meu maior medo, terminava com um abraço no papai respectivo. Onde eu irira colocar minha mão se papai não chegasse? Lembro que cheguei até a cogitar a hipótese de não dançar. Pelo menos assim sairia despercebida e não precisaria ficar ali.
Então todos começaram a dançar. Meu pobre coração a esta altura já estava a mil e esta foi a primeira vez em minha lembrança que engoli um choro. Fiquei com uma laranja enorme na garganta. Dançamos e cantamos toda a música...e as crianças olhavam para os seus pais, esperando a hora do abraço. Quando acabou a música, e todos abraçaram seus papais, eu já estava desatando a chorar. Ninguém talvez tenha percebido, porque meu choro foi tão silencioso quanto as lágrimas mudas que escorriam. Numa fração de segundo quando eu levantei a cabeça e olhei pela última e esperançosa vez para a porta, lá estava ele. Numa imagem recorrente de minha mente. Ele segurava na sua mão um CHARGE - desde então este é o meu chocolate predileto - e me deu um sorriso lindo.
Papai se aproximou e eu aproveitei para enxugar as minhas lágrimas infantis - "Ele veio como prometeu" - eu não queria parecer boba. Ele chegou de mansinho e pediu desculpas pelo atraso, disse que estava abarrotado de trabalho no banco. E meu mundo era só seu. E eu o amava tanto que já nem importava a que horas ele tinha chegado, ou se tinha visto a dancinha que passei uma semana ensaiando para ele. Eu o amava e nada importava além da sua presença ali. Tiramos uma fotinha linda, que infelizmente hoje nem sei onde está, mas diria que nosso amor ficou estampado nela. Nós ríamos bastante e apresentei-o para todas as minhas amiguinhas. Ele é meu orgulho. Cheguei em casa hiper feliz e nem lembrei de contar à mamãe que ele tinha se atrasado - talvez ela fosse brigar com ele e eu não queria que ele levasse bronca. Fique tão tão feliz em vê-lo que pra mim aquele foi o Dia dos Pais mais lindo de toda a minha vida, e de onde tiro lições até hoje. Neste dia eu aprendi que o amor compreende; que há que se persistir naquilo que se acredita; que devemos lutar todo dia por quem amamos.... E isto ele faz por nós ainda hoje.
E eu ainda o olho e o espero todos os dias como há 14 anos atrás.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Lista / Mãe.

[I]
Tenho esperado por aquela lista.
Tenho tentado esquecer de não lembrar daquela lista.
Por isso mesmo, tenho pensado mais ainda nela.
Nada de "meritocracias".
Só um nome no seu devido lugar ajudaria sensivelmente.
E quando ela sai?
Já nem sei mais, tamanha tem sido a espera.




[II]

Não saiu do meu pensamento.
E tem morado aqui há alguns dias aquelas lembranças de alguns anos.
E como a vida é engraçada - e divertida.
Nós dividíamos inseguranças, sonhos, desejos.
Sonhávamos com o príncipe encantado, com a aprovação ao fim do ano.
Dávamos risadas capazes de deixar sem graça o próprio objeto do nosso riso...
E a vida continuou.... mudaram os locais, talvez os sonhos, as novas experiências.
A distância soube ser inconveniente.
E o tempo insistente.
Então assisti de longe alguns fatos.
Deixei de relatar alguns atos.
E agradeço a minha capacidade de omissão.
Hoje este sentimento de alegria se reflete naquele sorriso de olhos cerrados que tenho visto por fotos.
Uma linda mamãe!
Nem sempre o caminho certo é aquele que julgamos ser e isto eu vi na sua vida - e na minha.
Estou feliz - muitíssimo feliz - com a felicidade alheia.
E isto não tem preço nem tamanho.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Teoria dos ditados.

Os ditados com certeza foram testados.
Afinal, quem iria reunir algumas palavras sem sentido e esperar que elas tivessem vida própria?
Sim....eles foram testados.
E eu os tenho testado na esperança de que falhem.
Ora! E quem disse que eles sempre tem razão?
Mas sim... devo admitir... o mundo dá voltas.
E as vezes ou as voltas são muito rápidas ou você está com sua capacidade de percepção, no mínimo, diminuta.
Foi o que eu pensei.
Ou seria uma tremenda falta de sorte?
[Tive medo].
Como tantas outras vezes, aquela espera foi mais cruel do que poderia.
As 15 vezes soaram como um milhão de vezes.
E se tivesse mesmo acontecido tudo aquilo que o velho pessimismo aliado a velhos ditados previra?
Talvez eu não estivesse aqui para contar a história.
E derramaria mais lágrimas do que já o tinha feito.
[Não é das lágrimas que tenho medo. É do espaço vazio que faria no fim de tarde.]
Mas novamente vi o outro lado...e no mínimo fiquei feliz por já tê-lo visto desde cedo.
Ainda que isto não diminua um milímetro de minha pobre "culpa" eu admiro e sinto muito por algumas pessoas.
Talvez elas nunca saibam ou nunca acreditem nisto.
E isto já não é mais tão importante assim.
Porque as aprovações ou desaprovações já não dizem nada.
Quanto aos ditados??
Vou testando.... e espero que os bons se repitam.
Os ruins... eu dispenso.

domingo, 3 de agosto de 2008

Efeito.

Somos engraçados.
E me ri disto hoje.
Não que já não soubesse...mas hoje especialmente foi engraçado.
É a nossa busca incessante pelo que não se sabe... e que finalmente algum tempo depois se descobre que nunca realmente vai saber.
Então adotamos algumas filosofias.
Pegamos emprestado algumas frases... reflexões... idéias tão de outros e tão nossas.
E isto ás vezes nos faz crer que sendo nós mesmos poderemos ser também outras pessoas.
E somos.
Somos a cada dia um só em milhões de tudo.
E nos escondemos de nós e dos outros.
Talvez como uma forma de pedir licença deste mundo.
De tentar ser mais amado do que se é.
E desta busca talvez nunca haverá uma volta.
Por que não há como voltar de onde não se pode ir.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Exclamação.

Sim, eu estou daquela maneira.
E talvez nada que seja dito.
Diminua a distância que está por vir.
Mas ainda tranquila - à espera.
Me apego a tudo aquilo.
A tudo que nos une.
E é por tudo isto que me conforta....
Que posso dormir bem nesta noite.